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  • Foto do escritorFlávia Ferrari

Muito além do cansaço: Divisão das tarefas domésticas, conflito nas relações e adoecimento psíquico

Com ou sem reconhecimento social, fato é que o trabalho doméstico pode ter um impacto negativo na saúde mental e emocional das pessoas que o realizam. Seja ele executado de modo exclusivo ou combinado com o trabalho remunerado.


As tarefas como limpeza da casa, preparação de refeições, cuidado dos filhos, gerenciamento das finanças e problemas do lar são repetitivas, exigem grande esforço, consomem muito tempo, não possibilitam descanso ou férias, podem gerar estresse e intensa ansiedade, assim como levar ao esgotamento e exaustão.


Em nosso fazer clínico, quando estamos atendendo mulheres, especialmente no casamento com homens, essa dimensão costuma aparecer com muita frequência.


Os impactos dessa sobrecarga são vividos, também, como uma maior tensão e conflito na relação conjugal e parental.


Trabalhamos, inicialmente, no exercício de RECONHECER essas tarefas como TRABALHO, identificar (e acolher) os impactos na vida daquela pessoa, na avaliação das ferramentas necessárias para a transformação dessa realidade, e no fortalecimento emocional.


Entendemos ser esse um tema de grande valor para uma discussão envolvendo a sociedade como um todo. Precisamos desnaturalizar a concepção de que atividades domésticas não são trabalho. E compreender os impactos subjetivos que a sobrecarga é capaz de gerar.


É preciso, também, que o Poder Público desenvolva programas de suporte para cuidadores, políticas públicas que reconheçam a importância do trabalho doméstico.


No âmbito familiar, a abertura para o diálogo e distribuição das tarefas de maneira justa e equitativa pode colaborar significativamente para reduzir o estresse e a sobrecarga mental que muitas mulheres enfrentam em suas vidas cotidianas.


A sobrecarga é uma realidade para você? Quais estratégias você tem usado para lidar com essa questão?

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